domingo, 25 de abril de 2010
Se eu tocar baixinho uma música que tu gostas, prometes que sorris? Mesmo que seja um sorriso disfarçado, um sorriso envergonhado, daqueles pintado a pincel que eu esborrato com a ponta dos dedos. Se eu te tocar levemente, mesmo que não gostes e te incomode, prometes que me dizes para parar? Uma aversão inconsciente ao tacto e à sensibilidade dos poros que me faz rir e pensar o quão estranho podes ser. Se eu te escrever sem razão tu prometes que questionas? Mesmo que já saibas, mesmo que adivinhes a parábola, antecipes a palavra e não denuncies essa intenção. E se eu te disser ursinho o quanto gosto de ti, tu guardas? Este tesouro que cabe numa mão, que pesa às vezes uma tonelada, que estilhaça tudo como uma granada e que dizem que provoca arritmias no coração.
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